Meu texto é sobre um filme sátira
feito pelo grupo de comédia britânico Monty Python, claramente por um viés
trágico, ou afirmativo da vida, faz uma critica muito bem humorada sobre o
Cristianismo, mas não somente, pois oque é “martelado” é o conceito de
“estrutura religiosa de pensamento”, como observado por Nietzsche na Genealogia da Moral, essa forma de pensamento decadente vem desde a Grécia
antiga com Sócrates e esta presente em toda cultura ocidental até os dias de
hoje, pensamento esse que nos deixa alienados da própria existência, que é
momentânea, única e efêmera.
Basicamente a “estrutura religiosa de pensamento” é a oposição entre o mundo da
vida e a metafisica, sendo que sempre se despreza a vida em pró das ideias
eternas e perfeitas, seja a moda do dualismo platônico, das religiões, ou a
razão universal Iluminista.
O filme é sobre um Judeu que viveu na mesma época que Jesus de Nazaré, seu nome
é Bryan e inicialmente ele se envolve com um grupo revolucionário popular
judeu, mas o império romano acaba o prendendo e o condena a crucificação, após
fugir ele acaba conseguindo uma multidão de seguidores por acidente, mesmo que
dizendo para as pessoas seguirem a vida delas, elas cada vez mais achavam que
ele é era o Messias e que ele iria as salvar.
Nietzsche diz que os fracos preferem negar o mundo da vida, pois não aguentam o
fato do sofrimento ser imanente a vida e de que nada tem um sentido a priori,
ou uma finalidade, sendo que o universo não se importa com a existência humana.
Espinosa diz que esse pensamento que
transcende a imanência não passa de mera superstição, pois ao usar a razão para
fabular coisas fora do mundo, nenhum conhecimento é gerado, portanto temos que
usar a razão para entender o mundo e nossos próprios afetos.
A nossa cultural acabou por privilegiar
essa maneira de pensar, onde criamos uma verdade universal e um mundo
ideal e tentamos adequá-la ao mundo e as pessoas, tornando o ser humano um ser
de rebanho, que sonho com um salvador ou um mundo melhor.
Tanto para Nietzsche, como para Espinosa, a dor e o sofrimento são inerentes a
vida, assim como o prazer e a felicidade, os pensamentos tradicionais acabam
por negar a vida, a vida com seu prazer e dor, por idealizam um mundo perfeito,
, e isso acaba agravando o sofrimento, pois esse mundo perfeito não passa de
ilusão e ao negar a dor, também negasse o prazer da vida, portanto ao afirmar a
vida você diminui boa parte do sofrimento, porque você sabe e aceita que a dor
e o sofrimento existe, não se ressente por isso, e também aproveita o prazer e
a felicidade que são imanentes a vida ao máximo, aumentando sua potencia cada
vez mais.
Essa é a aceitação trágica da vida, nos termos Nietzscheanos.
No fim do filme, Bryan é capturado novamente pelos romanos e é crucificado com
várias outras pessoas, filme todo é uma sátira, mas nesse final, todo tom da
morte na cruz como algo muito ruim é relativizado para um tom leve
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